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SELIC - BC indica que taxa Selic ficará alta por um período prolongado

Publicada em 23 de junho de 2022

O BC (Banco Central) disse nesta 3ª feira (21.jun.2022) que a taxa básica, a Selic, ficará em território “significativamente contracionista” por um período de tempo mais prolongado do que o estimado anteriormente. A informação foi divulgada na ata do Copom (Comitê de Política Monetária). Eis a íntegra do documento (236 KB).

A Selic subiu para 13,25% ao ano na 4ª feira (15.jun.2022). Agora, os juros estão no maior patamar desde janeiro de 2017, quando estavam em 13,75%. O Copom indicou que poderá elevar a taxa básica para até 13,75% ao ano na próxima reunião, que será em 2 e 3 de agosto. Os juros reais –que descontam a inflação– do Brasil serão de 8,16% nos próximos 12 meses, segundo a Infinity Asset. Segundo a empresa, o Brasil está em 1º lugar no ranking mundial das maiores taxas cobradas.

A alta e a permanência da Selic em nível mais elevado tem como objetivo controlar a inflação. Os juros também sobem em outros países, como nos Estados Unidos. O Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) subiu a taxa em 0,75 ponto percentual na 4ª feira (15.jun.2022), a maior alta desde novembro de 1994.

No Brasil, o Banco Central já disse que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) ficará acima da meta, de 3,5%, neste ano. Estima o índice com alta de 8,8% em 2022. Como a política monetária tem efeito defasado –ou seja, os reajustes têm efeito no médio prazo–, as novas altas da Selic devem ser sentidas com mais intensidade em 2023. Para o próximo ano, a autoridade monetária estima inflação de 4%, o que também é acima da meta de 3,25%.

Caso a inflação termine o ano acima de 5% (o teto da meta), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá que enviar uma carta pública explicando o motivo do descumprimento. Segundo a lei que autorizou a autonomia do BC, é dever central da autoridade monetária assegurar o poder de compra da população.

Campos Neto já precisou dar explicações em 2021, quando a inflação chegou a 10,06%. No ano passado, a meta era de 3,75%. O presidente do BC justificou que o petróleo e a energia pressionaram o índice de preços. Leia aqui a íntegra.

O Banco Central disse nesta 3ª feira (21.jun) que prevê uma desaceleração na atividade econômica mais acentuada no mundo por causa da reversão dos estímulos monetários.

Fonte: Poder 360

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